No cenário formado pelos belos rios da região da Patagônia, um grupo de operadores de receptivo e de meios de hospedagem observou que a conscientização coletiva para a preservação do meio ambiente é fundamental para o sucesso da pesca esportiva voltada para o turismo na Argentina. Onze profissionais participaram de viagem técnica pelo projeto Excelência em Turismo: aprendendo com as melhores experiências internacionais.
A adoção do sistema de pesque-e-solte - pelo qual os exemplares não podem ser levados pelo pescador - é um dos principais motivos para a excelência da pesca esportiva na região visitada, garantindo a abundância de peixes nos rios. Outros aspectos que chamaram a atenção dos participantes foram o atendimento personalizado a cada turista - e não a um grupo inteiro -; atuação dos guias como verdadeiros microempresários de turismo; formação e informação para os prestadores de serviços, incluindo os agentes de viagens; inserção da pesca em toda uma rede de produtos turísticos; e a criação de roteiros integrados, como, por exemplo, Pesca e Caça ou Pesca e Golfe. Juntamente com a equipe de coordenação, o grupo participou de várias visitas e reuniões com autoridades e profissionais da área, que lhes mostraram um novo horizonte para a implementação de normas e técnicas que poderão garantir o futuro da atividade no Brasil.
Aplicando no turismo o conceito de benchmarking, o projeto Excelência em Turismo é promovido em parceria pelo Ministério do Turismo - por meio da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) - e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e executado pela Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo). Preservação
A Argentina desenvolve programas educativos desde a escola primária para conscientização da população sobre a importância da preservação dos recursos naturais. Além da natureza exuberante, vimos que lá a atividade econômica da indústria do turismo anda de mãos dadas com a preservação do meio ambiente, envolvendo todas as camadas da sociedade, relata a operadora Faine Pinto de Arruda, da Canaã Viagens e Turismo, de Corumbá (MS). Segundo Paulo Oliveira, consultor especializado em pesca esportiva que acompanhou o grupo, o Brasil ainda precisa aprender a tratar melhor seus recursos naturais, implementando mudanças que possam promover a manutenção dos estoques de peixes. Temos de incentivar a criação de associações de pescadores e empresários da pesca, chamando o poder público e a sociedade para o debate. E o turismo pode ajudar no desenvolvimento sustentável gerando recursos para nossas comunidades mais carentes, afirma.
Fonte: Redação O Estado do Paraná
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